21 de nov. de 2011

Carlos Sobral: puro amor ao futebol

Sobral fala sobre sua paixão pelo futebol e conta histórias sobre a carreira no rádio.
Foto: Andre Hiltner
O radialista Carlos Sobral, 50 anos, é integrante da equipe esportiva "Alto Astral", da Rádio Excelsior da Bahia há 15 anos e é um apaixonado por futebol. Nascido em Aracaju e radicado na Bahia, a "Velocidade da Informação" ou "Ligeirinho", como é conhecido, pode ser considerado um pessoa excêntrica. Não sabe mexer em computador e é avesso ao mundo das novas tecnologias. Foi o que ele revelou numa entrevista exclusiva.


Entrando de Sola - Como é a rotina de um radialista?
Carlos Sobral -
No meu caso é ir no clube que eu cubro (Vitória) todos os dias ou sempre que possível. Entrevistar jogadores, treinadores, médicos ou alguém disponível da diretoria. O trabalho é muito prazeroso por que eu sou apaixonado por futebol, sou um estudioso do futebol. A disponibilidade também é importante pois estou trabalhando em todos os jogos do Vitória em todo o Brasil, viajando sempre.

ES - Alguns episódios inesquecíveis?CS - Vitória e Bahia andaram na Série C e teve um período em 2007 em que eu fui umas quatro vezes na Paraíba, fui no Piauí também, lugares diferentes, pessoas diferentes, enfim, culturas diversas por esse Brasil afora. Tem também o lado glamouroso da profissão, o povo me pára na rua e pergunta quem vai ganhar esse jogo, eles acham que nós, radialistas, temos o dom de saber o que vai acontecer (risos). Não somos videntes.

"O Botafogo é o maior de todos", Carlos Sobral. Foto: Andre Hiltner

ES - Qual é a sua trajetória no rádio?
CS -
Primeiramente comecei a fazer participações no plantão esportivo, aos domingos e quartas-feiras, na Rádio Clube. Passei por outras emissoras, como FM Bandeirantes, Cultura e finalmente Rádio Excelsior da Bahia. Posso dizer que hoje eu só trabalho com o Mário Freitas (chefe da equipe de esportes). Quando ele se aposentar, eu me aposento também. Hoje comando a resenha da emissora de segunda à sexta, às 20h.

ES - Conte sobre a sua paixãp pelo Botafogo-RJ...
CS -
O Botafogo é o maior de todos, posso dizer assim. Quase todos os integrantes da Bossa Nova torcem pelo Botafogo; escritores como Roberto Drummond de Andrade, o maior jornalista de todos os tempos, o João Saldanha, também. Ser Botafogo é um estado de espírito. Sou sergipano e, na minha infância, todos torciam para os times cariocas. Eu tenho na verdade simpatia por vários times espalhados pelo Brasil. No Rio mesmo, gosto do América e do Bangu, nas Alagoas, do CRB, em Minas Gerais, do América Mineiro, e em Sergipe, do Sergipe.

ES - Quais os principais desafios do jornalista esportivo?
CS -
Primeiramente é uma profissão em que se trabalha muito e ganha pouco, infelizmente. No ambiente do rádio, é preciso envolver-se no mundo da propaganda para ganhar dinheiro, a  verdade é essa. Quem não cai no mundo da publicidade acaba morrendo de fome.

ES - Que conselhos você daria a quem quer iniciar na área?
CS -
É um meio fascinante. Quem está no meio esportivo é porque é apaixonado pelo que faz. É uma profissão em que se lida com gente o tempo todo e é necessário viver o futebol 24h.

Ouça o áudio completo da entrevista aqui

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Saudades da equipe alto astral, hj eu não ouço mais nada

    Apesar de eu ser jovem eu acompanhei a chegada do saudoso Paranhos na rádio, e até mesmo Carlos Sobral que se não me engano chegou à rádio em 2004
    Tenho saudades de França Almeida e os números do computador, quando eu tinha 12 anos de idade eu gostava de anotar as abelas escutando ele falar os resultados.
    Infelizmente temos que seguir a vida, e decidi abandonar as radios.
    Boa sorte ao pessoal aí.

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  3. Amigo e vizinho de infância Ze Carlos Sobral é cracão de bola!
    Mas deve lembrar que o Botafogo só foi à uma final de brasileiro em 68...
    Antes disso o Bahia foi 3 vezes..se o Bahia fosse do RJ, falariam até hj...

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